sábado, 25 de abril de 2009

Estatuto Editorial do J-Jornalismo


A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, lançou no ano lectivo de 2008-2009, em parceria com o grupo de comunicação social Sojormedia, a pós-graduação “Imprensa Regional”. A criação deste curso foi efectuada em cumprimento do disposto no decreto-lei número 74/2006, de 24 de Março, e nos termos dos decretos-lei, números 155/89 e 42/2005 e 7287-C/2006, respectivamente de 11 de Maio e de 31 de Março.
O envolvimento dos alunos e professores com esta iniciativa de âmbito académico, traduziu-se num reforço puro na reflexão sobre um sector que atravessa uma fase periclitante, fruto de mudanças significativas no mundo da comunicação, da transformação da sociedade e também de uma crise económica avassaladora. Foi muito oportuna a ideia desta pós-graduação dedicada à imprensa regional porque são estes meios de publicação que guardam valiosas memórias de Portugal, que fazem o genuíno jornalismo de proximidade, retratando lugares e pessoas, as histórias e estórias das localidades tantas vezes esquecidas.
O curso foi aberto a licenciados, bacharéis em Jornalismo, Ciências da Comunicação ou cursos afins, bem como a profissionais do mundo do jornalismo com curriculum reconhecido. Teve ao longo do ano várias conferências e seminários que foram sendo promovidos em simultâneo com as disciplinas base “História da Imprensa Regional”, “Os meios de comunicação e o enquadramento legislativo”, “Metodologias de investigação em comunicação”, “Princípios de gestão aplicados à Imprensa Regional”, “Comunicação e marketing da Imprensa Regional”, “Audivisual e media interactivos regionais” e “Como criar um jornal regional”.
No dia 25 de Setembro de 2008, o total de candidatos admitidos para esta pós-graduação, totalizavam vinte e seis estudantes. O resultado é largamente positivo, pela oportunidade da aprendizagem responsável numa Universidade considerada em todo o mundo, pela ligação entre os candidatos à pós-graduação “Imprensa Regional”, professores e comunidade académica.
Ao longo do segundo semestre nasce o jornal J – JORNALISMO. Esta publicação traduz-se na apresentação de vários trabalhos jornalísticos que serviram para avaliação na cadeira “Como criar um jornal regional”, leccionada pelo Dr. Fernando Paulouro e serve de espelho para uma leve percepção do modo como se viveu um ano universitário francamente positivo para todos aqueles que tiveram o privilégio de frequentar este curso superior.
Este curso trouxe aprendizagem mas também mais instrumentos para dinamizar a profissão do jornalismo regional, apresentou dados importantes e muito influentes no seu benefício para o pleno exercício da função de redactor. Incutiu igualmente o espírito de dinâmica dos projectos jornalísticos, com abordagens ao mundo da gestão, organização, planeamento, actualidade e futuro dos media. Aos poucos, cada participante nesta pós-graduação “Imprensa Regional”, foi tendo a noção de que este curso não servia apenas para aprender mas também para dividir saberes, experiências, ideias e formas de actuar como jornalista.
Aqui fica este J – JORNLISMO como testemunha deste acontecimento académico, como um jornal em forma de experiência mas também como prova do sucesso desta iniciativa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e da Sojormedia. O número 0 que aqui apresentamos, edição de Maio de 2009, é o garante na posterioridade de um curso que acolheu alunos que na sua maioria são profissionais do jornalismo, obreiros da comunicação local, deveras importante para a verdadeira caracterização de Portugal. Este passo académico fez história. Todos os intervenientes nesta pós-graduação “Imprensa Regional”, como pioneiros na sua frequência mas também com o gosto especial de nele terem adquirido conhecimento, orgulham-se de entrarem na história da Universidade de Coimbra.
Como director do J – JORNALISMO, agradeço a confiança que me depositaram, sem excepção de quem quer que seja, pela oportunidade de ser parte integrante de mais um momento decisivo na minha vida. Fomos e seremos uma equipa que continuará na senda da construção da identidade das nossas comunidades locais mas agora com dois novos estatutos: o vínculo que nos une sobre a forma de amizade mas também o facto de sermos portadores de mais bases para desenvolvermos com superior profissionalismo a profissão que abraçamos.
Espero que esta edição do J – JORNALISMO, não seja apenas uma publicação de coleccionador. Com a continuidade desta pós-graduação ou até a própria Universidade de Coimbra, através da respeitada Faculdade de Letras, quem sabe não lhe dará “alma”?


Joaquim Santos

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