Foi graças à evolução da Internet que no século XX assistimos a uma nova forma de comunicação: os blogues, websites que trouxeram para o nosso quotidiano uma forma de comunicar com contornos diferentes daqueles que conhecíamos até à data.
Com efeito, o blogue permite uma interactividade que até ao seu aparecimento era totalmente desconhecida. É possível ao leitor dar um feedback no momento em que lê determinado artigo, em que vê determinada fotografia, em que é confrontado com determinado tema. Desta forma, há uma constante democratização da informação, quer para o produtor, quer para o consumidor.
Encarados hoje em dia como complementos dos órgãos de comunicação social, os blogues são muitas vezes uma alternativa ao jornalismo, sendo que há até blogues que são mais visitados do que os próprios sites de alguns órgãos de comunicação social já conceituados. Nesta perspectiva, o blogue funciona como uma hipótese de total liberdade de expressão, sem qualquer tipo de mediação ou restrição editorial, ou de qualquer outra espécie.
De facto, é seguro afirmar que qualquer pessoa pode criar um blogue, divulgando assim a informação que quiser, sobre o tema que quiser na tão afamada blogosfera. É neste ponto que parece conveniente e imprescindível falar do papel que cada leitor assume nesta nova plataforma comunicacional, pois cada um de nós é consumidor e produtor de informação a um só tempo. O leitor assume assim uma função dupla, ao ser-lhe permitido produzir a informação que quiser em relação ao tema que quiser, bem como lhe é permitido aceder a qualquer outro tipo de informação.
De facto, a proliferação dos blogues é cada vez mais premente, bem como a diversificação dos temas por eles contemplados. Senão vejamos alguns exemplos: o blogue “Comunicar a Direito”, um dos mais visitados, contém uma diversidade enorme de temas actuais. Já o blogue “A Minha TV”, do jornal Público, contempla informação relacionada com a televisão dos nossos dias. Temos também o “Câmara Corporativa”, que foca maioritariamente temas políticos. Poderei ainda referir o blogue “Faccioso e Radical” que, tal como o nome indica, pretende adoptar uma postura facciosa, livre e politicamente incorrecta face aos acontecimentos sociais, políticos e culturais da nossa praça. Uma visão como esta seria, de facto, indesejável numa função jornalística.
Não nos podemos esquecer ainda de algumas vantagens “físicas” que os blogues comportam. Certamente que, para todos, é muito mais cómodo ligar a internet e ver o número de blogues que quiser, de qualquer ponto do país, sobre os temas que quiser, sem estar restrito ou sujeito a um determinado número de folhas, ou a um determinado período de tempo.
Chega então o momento de colocar uma questão que me parece pertinente. Estarão os órgãos de comunicação social preparados para fazer face ao crescente desenvolvimento e amadurecimento da difusão e proliferação da informação através dos blogues? Até que ponto é que o facto de não oferecerem total confiança e fiabilidade ao leitor e uma desvantagem suficientemente forte para enfrentar a vantagem, assim considerada por muitos utilizadores, de permitir uma total liberdade de expressão, sem os constrangimentos a que o jornalismo está sujeito?
Que futuro terá esta “disputa” pelo monopólio da difusão de informação enquanto função noticiosa? Creio que a resposta estará nas mãos dos jornalistas, que terão de ser capazes de se readaptar e reinventar, para conseguirem responder às necessidades de um público cada vez mais exigente.
Com efeito, o blogue permite uma interactividade que até ao seu aparecimento era totalmente desconhecida. É possível ao leitor dar um feedback no momento em que lê determinado artigo, em que vê determinada fotografia, em que é confrontado com determinado tema. Desta forma, há uma constante democratização da informação, quer para o produtor, quer para o consumidor.
Encarados hoje em dia como complementos dos órgãos de comunicação social, os blogues são muitas vezes uma alternativa ao jornalismo, sendo que há até blogues que são mais visitados do que os próprios sites de alguns órgãos de comunicação social já conceituados. Nesta perspectiva, o blogue funciona como uma hipótese de total liberdade de expressão, sem qualquer tipo de mediação ou restrição editorial, ou de qualquer outra espécie.
De facto, é seguro afirmar que qualquer pessoa pode criar um blogue, divulgando assim a informação que quiser, sobre o tema que quiser na tão afamada blogosfera. É neste ponto que parece conveniente e imprescindível falar do papel que cada leitor assume nesta nova plataforma comunicacional, pois cada um de nós é consumidor e produtor de informação a um só tempo. O leitor assume assim uma função dupla, ao ser-lhe permitido produzir a informação que quiser em relação ao tema que quiser, bem como lhe é permitido aceder a qualquer outro tipo de informação.
De facto, a proliferação dos blogues é cada vez mais premente, bem como a diversificação dos temas por eles contemplados. Senão vejamos alguns exemplos: o blogue “Comunicar a Direito”, um dos mais visitados, contém uma diversidade enorme de temas actuais. Já o blogue “A Minha TV”, do jornal Público, contempla informação relacionada com a televisão dos nossos dias. Temos também o “Câmara Corporativa”, que foca maioritariamente temas políticos. Poderei ainda referir o blogue “Faccioso e Radical” que, tal como o nome indica, pretende adoptar uma postura facciosa, livre e politicamente incorrecta face aos acontecimentos sociais, políticos e culturais da nossa praça. Uma visão como esta seria, de facto, indesejável numa função jornalística.
Não nos podemos esquecer ainda de algumas vantagens “físicas” que os blogues comportam. Certamente que, para todos, é muito mais cómodo ligar a internet e ver o número de blogues que quiser, de qualquer ponto do país, sobre os temas que quiser, sem estar restrito ou sujeito a um determinado número de folhas, ou a um determinado período de tempo.
Chega então o momento de colocar uma questão que me parece pertinente. Estarão os órgãos de comunicação social preparados para fazer face ao crescente desenvolvimento e amadurecimento da difusão e proliferação da informação através dos blogues? Até que ponto é que o facto de não oferecerem total confiança e fiabilidade ao leitor e uma desvantagem suficientemente forte para enfrentar a vantagem, assim considerada por muitos utilizadores, de permitir uma total liberdade de expressão, sem os constrangimentos a que o jornalismo está sujeito?
Que futuro terá esta “disputa” pelo monopólio da difusão de informação enquanto função noticiosa? Creio que a resposta estará nas mãos dos jornalistas, que terão de ser capazes de se readaptar e reinventar, para conseguirem responder às necessidades de um público cada vez mais exigente.
Catarina Teles
Sem comentários:
Enviar um comentário