“Os cursos nem sempre estão ajustados às necessidades do mercado”
Há ou não uma nova relação entre as empresas e as universidades?
Há ou não uma nova relação entre as empresas e as universidades?
Há um claro movimento de aproximação entre as empresas e as universidades, porque as empresas têm vindo a apostar, cada vez mais, na inovação, que nada mais é do que juntar à investigação, a criação de valor. Por outro lado, as universidades também perceberam que é através dessa aproximação que criam valor e orçamento para se poderem desenvolver.
A investigação efectuada na universidade só faz sentido quando se lhe acrescenta valor, e isto só é possível em conjugação com as empresas.
Que mudanças propõe?
Uma maior “promiscuidade”, no bom sentido entre umas e outras, uma postura de maior abertura das duas partes, convites a pessoas das empresas para participarem em processos e/ou aulas nas universidades, estimular professores a estarem ligados ao mercado; estimular a criação de unidades de transferência tecnológica nas universidades e criação de núcleos de inovação nas empresas; promover estágios profissionais nas empresas, mestrados e doutoramentos.
Quem fica a ganhar?
Todos e a economia.
Concorda que a maioria dos cursos está desactualizada em relação ao mercado de trabalho?
Os cursos nem sempre estão ajustados às necessidades do mercado, muitas vezes, a sua estruturação faz-se tendo em conta a estrutura rígida das universidades e a existência de professores na área A ou B. Na reestruturação de Bolonha perdeu-se uma boa oportunidade. Por exemplo, deveria ter sido introduzida a cadeira de empreendedorismo em todos os cursos.
De quem é a culpa?
De ambos.
Emília Amaral
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