Uns dizem que é por causa da morosidade da Justiça, alguns apontam o dedo ao Jornalismo que temos, muitos falam da falta de Juízo dos políticos e outros até dizem que a influência de Júpiter na conjugação dos astros é especialmente prejudicial a este jardim à beira-mar plantado.
Já basta. Já não há pachorra para os janotas que assumem cargos na vida pública, mas que, no fundo não passam de Zés-Ninguém. Nesta história, o povo faz o papel de João-Pestana, de olhos fechados, incapaz de ver aquilo que se passa mesmo à sua frente.
O efeito J na vida política portuguesa começa logo nas “jotas” partidárias e evolui depois para diversos fenómenos personalizados. Veja-se a forte presença do J no Governo, desde José Sócrates a Jaime Silva, passando por Ana Jorge, José Vieira da Silva ou José Pinto Ribeiro, para além de diversos secretários de Estado, adjuntos, chefes de gabinete e directores-gerais. Noutras instâncias surge José Manuel Durão Barroso ou Jorge Sampaio, José Miguel Júdice (mais à direita), ou Jerónimo de Sousa, na ala esquerda.
Reconheçamos que, no que diz respeito a nomes de homens e mulheres na política portuguesa, a letra J não é caso único. Há outras letras como P, O, D, E ou R, que também têm “dignos” representantes na vida pública portuguesa.
Este país tornou-se um Ai! Jesus nos acuda... e isto não é um problema de religião, é uma questão de confiança. Fazem-se juras de amor que não são cumpridas. Firmam-se juramentos de lealdade, rapidamente desrespeitados. Garantem-se decisões justas que não passam de intenções.
A vida dos portugueses oscila entre o sonho de riqueza do Jackpot no Euromilhões, o Joystick da consola de jogos ao fim de cada dia de trabalho, ou o Jet-leg da viagem transatlântica paga a crédito bancário.
Enquanto na Europa se bebe uísque, os portugueses contentam-se com jeropiga. No estrangeiro faz-se criação de cavalos puro-sangue mas nós albardamos jumentos. Os outros países organizam-se por regiões, Portugal aposta nas juntas de freguesia.
O J parece ser uma fatalidade para este país. Assim, arriscamo-nos a ser a tal “Jangada de Pedra” à deriva, descrita por José Saramago… (olha, cá está um distinto J na literatura, aliás, como os há em diversas outras áreas da sociedade: Jesualdo Ferreira ou José Mourinho no futebol; José Rodrigues dos Santos, José Eduardo Moniz, José Alberto Carvalho ou Judite de Sousa no jornalismo; João Cutileiro e Mestre José Malhoa nas belas-artes; João Lobo Antunes na neurocirurgia; José Afonso na música ou Jerónimo Martins nos negócios). Mas estes nomes são as excepções que confirmam a regra, dizem os mais pessimistas.
Perante o quadro traçado, será possível fazer jejum deste país?!
António Rosado
O efeito J na vida política portuguesa começa logo nas “jotas” partidárias e evolui depois para diversos fenómenos personalizados. Veja-se a forte presença do J no Governo, desde José Sócrates a Jaime Silva, passando por Ana Jorge, José Vieira da Silva ou José Pinto Ribeiro, para além de diversos secretários de Estado, adjuntos, chefes de gabinete e directores-gerais. Noutras instâncias surge José Manuel Durão Barroso ou Jorge Sampaio, José Miguel Júdice (mais à direita), ou Jerónimo de Sousa, na ala esquerda.
Reconheçamos que, no que diz respeito a nomes de homens e mulheres na política portuguesa, a letra J não é caso único. Há outras letras como P, O, D, E ou R, que também têm “dignos” representantes na vida pública portuguesa.
Este país tornou-se um Ai! Jesus nos acuda... e isto não é um problema de religião, é uma questão de confiança. Fazem-se juras de amor que não são cumpridas. Firmam-se juramentos de lealdade, rapidamente desrespeitados. Garantem-se decisões justas que não passam de intenções.
A vida dos portugueses oscila entre o sonho de riqueza do Jackpot no Euromilhões, o Joystick da consola de jogos ao fim de cada dia de trabalho, ou o Jet-leg da viagem transatlântica paga a crédito bancário.
Enquanto na Europa se bebe uísque, os portugueses contentam-se com jeropiga. No estrangeiro faz-se criação de cavalos puro-sangue mas nós albardamos jumentos. Os outros países organizam-se por regiões, Portugal aposta nas juntas de freguesia.
O J parece ser uma fatalidade para este país. Assim, arriscamo-nos a ser a tal “Jangada de Pedra” à deriva, descrita por José Saramago… (olha, cá está um distinto J na literatura, aliás, como os há em diversas outras áreas da sociedade: Jesualdo Ferreira ou José Mourinho no futebol; José Rodrigues dos Santos, José Eduardo Moniz, José Alberto Carvalho ou Judite de Sousa no jornalismo; João Cutileiro e Mestre José Malhoa nas belas-artes; João Lobo Antunes na neurocirurgia; José Afonso na música ou Jerónimo Martins nos negócios). Mas estes nomes são as excepções que confirmam a regra, dizem os mais pessimistas.
Perante o quadro traçado, será possível fazer jejum deste país?!
António Rosado
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